ATA DA DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 04.06.1996.

 

Aos quatro dias do mês de junho do ano de mil novecentos e noventa e seis reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezoito horas e vinte e quatro minutos constatada a existência de “quorum”, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão destinada a entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor José Portella Nunes nos termos do Requerimento no 52/88 (Processo no 2136/88), de autoria do ex-Vereador Hermes Dutra e por solicitação do Vereador Artur Zanella. Compuseram a MESA: o Vereador Isaac Ainhorn, Presidente esta Casa, o Senhor José Portella Nunes, homenageado, o Senhor Guilherme Sócias Villela, representando o Senhor Governador do Estado, a senhora Maria Leonor Lins Nunes, esposa do homenageado, o Doutor Mathias Nagelstein, Presidente do Tribunal Militar do Estado, Senhor César Alverez, representando o Senhor Prefeito Municipal, o Coronel Irani Siqueira, representante do Comando Militar do Sul, o Senhor Atos Cordeiro, Presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas e Terraplanagem. Como extensão da Mesa foram nominados o Deputado Estadual Francisco Áppio, o Jornalista Cândido Norberto e o Senhor Adão Faraco, Presidente da Empresa TRENSUB. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, assistirem à execução do Hino Nacional pelo Coral do Grupo Sultepa. Logo após, o Senhor Presidente teceu considerações sobre a trajetória pessoal e profissional do homenageado, destacando a importância do título ora outorgado. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores para que se manifestem na presente homenagem. O Vereador Artur Zanella, como co-proponente e em nome das Bancadas do PDT, PT, PTB, PC do B, PSDB, PST, discorreu sobre a justeza da presente homenagem, tecendo considerações sobre a atividade do Senhor José Portella Nunes ligada à construção civil. O Vereador João Dib, em nome da Bancada PPB, saudou o homenageado pelo seu trabalho desenvolvido ligado à construção civil, elogiando traços da personalidade do Senhor José Portella Nunes. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome da Bancada do PFL, referiu-se à trajetória pessoal do homenageado ligado ao setor da construção civil, dizendo que Sua Senhoria é uma referencia no meio empresarial. Logo após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao ex-Vereador Hermes Dutra, que discorreu sobre os motivos que lhe ensejaram à presente proposição. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou o Vereador Artur Zanella e o ex-Vereador Hermes Dutra a entregarem, respectivamente, o diploma e a obra comemorativa aos dez anos da nova sede desta Casa “Porto Alegre à Beira do Rio e em Meu Coração” ao homenageado. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor José Portella Nunes, que agradeceu a todos à presente homenagem, dizendo de sua emoção em receber o presente Título. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou o Senhor Sérgio Silva, funcionário do Grupo Sultepa, para que, em nome da Associação de Funcionários daquele grupo, fizesse a entrega de uma placa alusiva à este ato, concedendo-lhe a palavra após, ocasião na qual prestou sua homenagem ao Senhor José Portella Nunes. A seguir, o Senhor Presidente convidou a compor a Mesa e concedeu a palavra ao Senhor José Carlos Nunes, Presidente do Sindicato dos Funcionários da Construção de Estradas que congratulou-se com o homenageado pela sua trajetória ligada a causas sociais e como liderança empresarial. Logo após, o Coral do Grupo Sultepa executou a canção “O Canto Alegretense”. Durante os trabalhos o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Mauro Portella Nunes, irmão do homenageado e Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Na ocasião, o Vereador Luiz Braz, em nome da Bancada do PTB, registrou o recebimento de comunicação telefônica do Deputado Estadual Sérgio Zambiasi informando sua impossibilidade de comparecer à Presente Sessão. Às dezenove horas e trinta e oito minutos, nada mais havendo a tratar o Senhor Presidente agradeceu à presença de todos e declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Isaac Ainhorn e secretariados pelo Vereador Artur Zanella, como secretário “ad hoc”. Do que eu, Artur Zanella, secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1o Secretário.

 

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Engenheiro José Portella Nunes.

Este Projeto foi de iniciativa do ex-Ver. Hermes Dutra e teve como solicitante da presente Sessão Solene o Ver. Artur Zanella.

Convidamos o nosso homenageado, Eng. José Portella Nunes, para compor a Mesa. Igualmente convidamos S. Exa. o Dr. Guilherme Socias Vilela, Secretário Estadual dos Transportes que, nesta oportunidade, representa o Governador Antônio Britto; a Sra. Maria Leonor Lins Nunes. Convidamos Presidente do Tribunal Militar do Estado, Dr. Mathias Nagelstein; o Prefeito Municipal em exercício Sr. Cezar Alvarez; o Coronel Irani Siqueira que, nesta oportunidade, representa o Comando Militar do Sul; o Dr. Atos Cordeiro, Presidente do SICEPOT - Sindicato da Indústria da Construção de Estradas e Terraplanagem e Obras de Arte.

É com muita satisfação que nós, nesta oportunidade, promovemos, em Sessão Solene nesta Casa, a outorga do Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Eng. José Portella Nunes, por iniciativa do então Ver. Hermes Dutra, e que teve a solicitação, neste ano, do Ver. Artur Zanella, título esse outorgado através de Projeto de Resolução no ano de 1988. Antes que completássemos a década sem que houvesse a outorga do título, em boa hora o Ver. Artur Zanella solicitou a realização desta Sessão Solene para que isso fosse concretizado. Esta Casa sente-se orgulhosa de, nesta oportunidade, promover esta Sessão Solene de reconhecimento da Cidade de Porto Alegre e - porque não dizer? - também do nosso Estado ao Eng. José Portella Nunes, por toda uma trajetória de obras realizadas como empresário e também como cidadão, com inúmeras obras de benemerência.

Antes de passar a palavra aos oradores que falarão em nome da Casa, ouviremos a execução do Hino Nacional Brasileiro pelo coral da Construtora Sultepa, tendo como regente a Sra. Gilia Gerlink, como solista o Sr. Rubens Cardoso e como pianista o Sr. Carlos Morejean.

 

(É executado o Hino Brasileiro.)

 

Registramos, com satisfação, dentre outras personalidades que honram esta Casa com a sua presença, o Dep. Estadual Francisco Áppio, como extensão da Mesa; o Jornalista e Dep. Estadual Emérito, Cândido Norberto; Presidente do TRENSURB, Adão Faraco, os Vereadores Mário Fraga, Edi Morelli, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Artur Zanella e Elói Guimarães. Está com a palavra o Ver. Artur Zanella.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: (Cumprimenta os componentes da Mesa e demais presentes.) O Ver. Hermes Dutra foi meu líder aqui, nesta Casa, colega, como Vereador, e teve a feliz iniciativa de, em 1988, outorgar ao Dr. José Portella Nunes o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, a ele, nascido no Rio de Janeiro. Oito anos depois, eu, que sou amigo do Hermes, que tenho direito à entrega de um título por ano, como qualquer Vereador desta Casa, requeiro esta Sessão, e tenho a impressão de que o fiz em uma hora extremamente oportuna, porque hoje não é uma homenagem a apenas uma pessoa, mas uma homenagem à categoria desta atividade. Esta Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre foi implantada em 1773, isto é, não tinha prefeito nesta cidade, os Estados Unidos era uma colônia americana, a França tinha um rei, não tinha havido a queda da Bastilha e já existia a Câmara Municipal de Porto Alegre. Não tinha Prefeito, alcaide, intendente, mas tinha a Câmara Municipal de Porto Alegre. Esta Câmara tem, entre as suas atribuições, ver quem é que, dentre os quase dois milhões de habitantes de Porto alegre, quase três milhões na região metropolitana, merece ser destacado por esta Casa como um de seus cidadãos.

Só para lembrar, o Dr. Portella possui quatro filhos - José Carlos, Roberto e a Cristina, que estão aqui conosco e que trazem no seu nome e no coração a saga deste bandeirante, deste desbravador que é o José Portella Nunes. No Brasil, por muito tempo, se lutou pela redistribuição da renda; hoje estamos tentando redistribuir o emprego. E a coisa mais importante que nós vemos, hoje, nas nossas caminhadas pela Cidade, pelas vilas, pela parte mais pobre e também na classe média e classe alta, é a luta pelo emprego. É disso que nós precisamos. E os senhores - a maior parte empresários da construção civil, de estradas, de pontes; também está presente o Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Terraplanagem e Obras de Arte - têm essa grande responsabilidade de  gerar esses empregos, e nós temos a grande responsabilidade de dar condições para que os senhores gerem esses empregos. Por isso, sempre é saudada essa simbiose do governo, tentando conseguir recursos numa época muito difícil, e os empresários, lutando com as armas que os senhores conhecem bem, para que nós tenhamos, além de obras, principalmente empregos.

Todas as pessoas conhecem o Dr. Portella. Se não fosse ele, provavelmente outro faria o que eu vou dizer agora. O aterro onde está situada a Câmara de Vereadores foi feito pelo Dr. Portella. Os parques Marinha do Brasil e Maurício Sirotsky Sobrinho - na época trabalhávamos na Prefeitura eu, o Dr. Dib, o Hermes Dutra, o Reginaldo Pujol - foram feitos com aterro dessa empresa. Eu citava, ao Dr. Portella, Efraim Pinheiro Cabral, seu grande amigo, quando ele doou para o Internacional o terreno do Beira-Rio - o Ver. Záchia, que é mais jovem, deve-se lembrar -, e nós recebemos de presente uma bóia cativa. E foi a empresa do Dr. Portella que fez esse trabalho. É por isso, Senhoras e Senhores, Dr. Villela, que representa aqui o Governador, que é Secretário dos Transportes, eu achei, junto com o Hermes Dutra, que estava no momento de nós resgatarmos aquele título para o qual apresentou o projeto em 88. Mais do que nunca nós temos que prestigiar um homem, prestigiar uma organização, prestigiar uma categoria, prestigiar a sociedade produtiva, e, finalmente, nós temos que, oficialmente, dizer com todas as letras: Dr. Portella Nunes, que veio lá do Rio de Janeiro e aqui ficou e ficará, tenho certeza, por muito tempo, é um cidadão de Porto Alegre, legítimo como aqueles que aqui nasceram. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nós registramos, também, com muita satisfação, a presença do ilustre irmão do nosso homenageado, que é Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais: Dr. Mauro Portella Nunes. É com muita satisfação que contamos com a sua presença nesta tarde-noite.

Passamos a palavra ao Ver. João Dib, que fala pela Bancada do PPB.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Ver. Isaac Ainhorn, distinto casal homenageado José Portella Nunes.

Está claro que, num momento como este, eu não vou dizer das qualidades do José Portella Nunes, porque todos que aqui estão o conhecem, conhecem perfeitamente e sabem tão bem quanto eu, ou mais que eu, das sua qualidades, das suas virtudes, da sua contrição ao trabalho, da sua dedicação à coletividade.

Mas o José Portella Nunes é um daqueles homens que se pode dizer que tocou as estrelas e não tirou os pés do chão. E fez isso reiteradamente, porque foi homenageado, não só nesta Casa, não só pela Cidade de Porto Alegre, mas por outras cidades do interior do Estado, e sempre permaneceu o mesmo. Ele sabia que estava tocando as estrelas, ele sabia que o seu trabalho estava sendo reconhecido, mas também sabia, porque tinha os pés no chão, que tinha que continuar trabalhando mais. Mas, meu caro José Portella Nunes, ninguém consegue todas essas coisas sozinho. É possível lembrar que, muitas vezes, o José Portella Nunes chegou na sua casa preocupado, cheio de problemas, não sabendo bem o que fazer, mas lá tinha uma Dona Leonor, tinha um José Carlos, um Roberto, um Ricardo, uma Cristina, que o estimulavam, que lhe batiam palmas, que diziam que ele estava certo, que ele tinha que prosseguir, e ele prosseguiu. E aí ficou mais fácil de tocar outra vez as estrelas, recebendo a homenagem da Cidade de Porto alegre, muito justa e muito merecida, porque são obras de caridade atendidas pela família Portella, são amigos que são recebidos, são oportunidades criadas. Isso tudo porque existe uma família que merece a nossa homenagem. Apenas isso. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra pelo PFL.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Há alguns anos - acredito que, na entrada de 1989, à noite, como é o meu hábito, quando não consigo conciliar o sono sem antes fazer a leitura de alguma coisa; num daqueles dias em que o jornal não circula, porque já tinha circulado na véspera, o famoso jornal de domingo, que circula no sábado - eu busquei alguma coisa para ler e li, naquela ocasião, uma peça de publicidade política que havia recebido há alguns meses e que era um jornal com a síntese das atividades do Ver. Hermes Dutra. Li aquele panfleto e mais tarde não tive outra solução senão ligar ao Hermes Dutra e fazer uma única pergunta: “Hermes, como é que tu, com esse trabalho, não foste reconhecido pelo eleitorado de Porto Alegre que não te reconduziu para a Câmara de Vereadores?” Hoje eu vejo algumas das razões pelas quais Porto Alegre ficou privada deste homem público tão qualificado, que é o deflagrador desta justa homenagem que hoje tributamos ao Portellinha. Em 88, por iniciativa sua, Porto Alegre outorgou este título de Cidadão, justíssimo, ao Portella Nunes, homem benquisto na comunidade de Porto Alegre, homem que é uma referência na vida empresarial do Estado do Rio Grande do Sul, homem que, numa terça-feira, às 18 horas, lota a Casa do Povo de Porto Alegre. Esse Cidadão foi homenageado por Hermes Dutra, oito anos ficou no silêncio, não tirando as conseqüências naturais que, certamente, um ato como este haveria de produzir. Hermes, eu sempre te quis muito bem. Quero te cumprimentar por teres sido tão feliz há oito anos. Com muita propriedade, buscaste, entre aqueles brasileiros que têm ajudado a construir o dia-a-dia deste Município esta figura tão expressiva do José Portella Nunes que, como já disse antes, é o modelo do empresário moderno, benquisto por todos aqueles que com ele tiveram oportunidade de conviver e, sobretudo, um exemplo de pai, de chefe-de-família. Ele consegue manter os seus filhos - o Zeca, o Beto, o Carlos -, todos eles seguindo o seu exemplo. É lógico que não estou esquecendo da Cristina, mas eu estou fazendo a homenagem àqueles que mais me vincularam à figura do nosso homenageado: o Beto e o Ricardo. Diz o gaúcho que, certamente, o Portellinha já aprendeu, nos seus longos anos de vivência aqui no Estado, que o fruto nunca cai longe da árvore e, certamente, ele não esgotaria essas obras num pronunciamento só. Eu até lembrei do meu filho que, há oito anos, quando desse Projeto, com oito anos de idade, após o lançamento da candidatura do Dep. Guilherme Socias Villela a Prefeito de Porto Alegre, vendo um programa de televisão em que enumerávamos as obras que ele havia feito aqui, em Porto alegre, me disse: “Pai, o tio Villela fez tudo nesta cidade?” Eu posso dizer a ele - que me aguarda ansioso para receber o passe para ingressar no Estádio Olímpico logo mais, à noite, quando o nosso glorioso Grêmio estará dando mais um passo na caminhada ao tri - que o tio Villela fez muita coisa. Agora, nosso homenageado, o Portellinha, fez de tudo e bem-feito. Fez aterro, fez drenagem, fez estradas, pavimentou ruas e, ao fazê-lo, o fez com três características básicas: sempre com muita eficiência, sempre com esse sorriso afetivo que caracteriza a sua personalidade.

Por isso, Portella, eu quero dizer a ti a às outras linhas da família - Portella, duas linhas, Portella três linhas - a todos os Portellinhas com quem eu tenho o prazer de conviver há tanto tempo, que eu estou muito feliz de ser hoje o representante do Partido da Frente Liberal nesta Casa trazer também o abraço do Presidente do meu Partido, o Dep. Germano Bonow, que solicitou, de um lado, que o seu Secretário-Substituto Carlos Albano Piguato viesse aqui representá-lo e, de outro, solicitou a mim que transferisse a ti o abraço de quem não pôde te abraçar no dia de hoje, porque está mourejando pelas canhadas do Rio Grande, penso que lá por Nonoai ou Palmeiras ou Ronda alta. O Bonow pede que eu te diga, o que eu faço com muita satisfação, com exemplos como o teu, de homens probos, dignos, que colocam o trabalho como meta e vocação, que nós gaúchos precisamo-nos inspirar nesta hora em que seja novamente o celeiro deste País e, sobretudo, o local onde o povo se irmana nas ruas com paixão e amor.

Esse é o nosso desejo e sabemos que, se nós pudéssemos homenagear adequadamente o faríamos mais do que com a cidadania de Porto alegre, com justiça, pelo que fizeste jus e que a sagacidade e inteligência do Hermes Dutra soube formalizar. Mais do que essa homenagem, eu sei que tu gostarias de receber hoje, que é um dia muito especial na tua vida de empresário, a notícia de que Porto Alegre estava convivendo feliz nas ruas, porque sei que és um homem que tem compromisso com o amor e com a felicidade. Assim tu constituíste a tua família, o teu lar, criaste os teus filhos. Assim, tu trabalhaste nesta Cidade e por isso eu te digo: tu já eras cidadão de Porto Alegre. Com a sua inteligência, o Hermes só fez o ato formal, o resto tu fizeste no teu dia-a-dia, com o teu trabalho permanente. O Dib, o Zanella, eu e todos os que trabalharam com o Portella, que coincidência, fomos escalados para oradores na tarde de hoje, e sabemos o quanto ele contribuiu para o engrandecimento daquele período em que tivemos co-responsabilidade no Município. Continue sendo assim Portellinha, pois foi assim que aprendi a te querer bem, eu, que te chamo de chefão. Vai para a frente, chefão! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Vamos tomar a liberdade, ainda que quebrando o protocolo, caso contrário esta Sessão não estaria completa, de conceder a palavra ao ex-Vereador Hermes Dutra, autor da iniciativa.

 

O SR. HERMES DUTRA: (Saúda os componentes da Mesa.) Saúdo aqueles que vieram se somar a esta merecida, embora um pouco demorada, homenagem. O sinal dos tempos, meu caro Portella, é tão grande que, se não bastassem os invernos da vida que, no dizer do gaúcho, nos vêm branqueando o cerro, bastaria o gesto de, quando aqui subi para defender - e o fiz com muito boa vontade, com muita lealdade - a consessão deste título, ter lido o teu currículo sem precisar levá-lo tão distante dos olhos, como faço hoje para relacionar as autoridades presentes.

Se o tempo é senhor da razão, como dizem alguns, se o tempo é ingrato, como dizem e pensam outros tantos, na verdade, o tempo é o nosso maior conselheiro também. E se o título demorou para ser entregue, certamente falta não fez ao nosso homenageado. Como diz o cancioneiro gaúcho, “a mão que semeia rosas às vezes até ferida sai pelos espinhos”. Mas se, eventualmente, uma que outra gota de sangue cai pelo seu pontiagudo espinho, fica, é o que nos faz dormir tranqüilos sem termos medo de que o travesseiro nos cobre alguma coisa quando nos perguntam: o que de bem fizeste durante o dia de hoje?

Conheci o Portella quando trabalhava com o saudoso Governador Euclides Triches, lá no início da década de 70, e, de uma forma ou de outra, um pouco distante até, acompanhei a sua trajetória como empresário, mas, sobretudo, pelas coisas que fazia como homem de bem. E como homem de religião que sou, nunca me preocupei se estas coisas de o que de bem uma mão faz, a outra não há de saber. Até porque ele não precisa que se louve ou que saiam a cantar para os outros o que de bem faz. Por isso me senti muito tranqüilo e muito feliz quando o Ver. Artur Zanella, no ano passado, me telefonou e disse que tínhamos que proceder àquela entrega formal. Eu disse: “Dizes bem, Zanella: formal, porque Cidadão de Porto Alegre ele já é”. O fizemos na época porque entendíamos que nós, Vereadores, tínhamos a obrigação moral e material - e a materializaríamos no ato da concessão do título - de dizer à cidade e deixar consignado nos anais da Casa que, dentre tantos homens de bem desta Cidade, José Portella Nunes deveria figurar dentre eles. Não foi outra a razão que nos levou a isso, e não foi outra a razão que fez com que aprovado fosse o Projeto por unanimidade, sem que uma voz sequer dos que aqui tinham assento na Casa, independentemente de partido político, levantasse qualquer objeção ao ato.

Por isso, Portella, que, se já encerrei os meus projetos eleitorais, havia algumas coisas, fruto desses projetos antigos, que ainda estavam para ser completadas. E hoje se faz essa complementação com a formalização da entrega desse título. Acho que não és um homem apegado às coisas de adulação da vida e, conseqüentemente, certamente, o ato em si não te trará mais alegria, mas quero que tenhas, como um privilégio teu de, orgulhosamente, pensares: “Que bom, Portella, teres tantos amigos, tantas pessoas que te querem bem e que hoje vêm aqui te dar um abraço, na materialização desse ato que a Cidade estava te devendo”.

 Não vou espichar, até porque a hora já vai tarde, a noite até já caiu, mas se a noite cai, e com ela vem o sereno - nesse próximo inverno que chega, e dizem que se anuncia rigoroso - na certeza de que, à chegada desse inverno, virá logo depois a primavera. E há essa certeza de que, por mais rigor que tenhamos no dia de hoje, amanhã haveremos da ter dias melhores. E se esses dias melhores efetivamente, surgem, não surgem fruto do caso - surgem fruto da ação que cada um de nós faz no dia de hoje. E tenha certeza, Portella, que, se não contribuíste para que esse inverno seja rigoroso como anunciam, deste uma grande contribuição para a primavera que, com certeza, chegará. Felicidades! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, eu recebi um telefonema do Presidente do Partido, Dep. Sérgio Zambiasi, que se desculpava por não estar presente em virtude dos seus afazeres na Assembléia Legislativa, mas me incumbia de transmitir os cumprimentos ao homenageado desta tarde. Eu o faço em nome do PTB.

 

O SR. PRESIDENTE: Os Anais registram para a história. Nós ouviremos, agora, o Coral da SULTEPA, que nos brindará com a música “ O Canto Alegretense”.

 

(É feita a apresentação pelo Coral.)

 

Convidamos todos para assistirem em pé a entrega do diploma que confere ao José Portella Nunes o Título de Cidadão de Porto Alegre. Convidamos o Ver. Artur Zanella para fazer a entrega do mesmo.

 

(É feita a entrega.) (Palmas.)

 

Está com a palavra o Engenheiro José Portella Nunes.

 

O SR. JOSÉ PORTELLA HUNES: Haja coração! Dentre as pessoas nominadas eu gostaria de acrescentar o nosso amigo Presidente do Sindicato dos Empregados em Construção de Estradas, que se faz presente. (Palmas.) Também não posso deixar de nominar a minha creche, hoje composta por cem crianças. (Palmas.) Começamos com quarenta, lá no Morro da Cruz. O início foi duro, foi em 82. Nós estamos em 96, e diversas crianças já passaram por lá. Algumas já atingiram a idade limite de seis anos e, infelizmente, tiveram que sair. Evidentemente que aos quatorze anos elas voltam para trabalhar. Nós temos que fazer um programa para que possamos levar meninos de seis a quatorze para algum ofício que não seja a beira da rua. Além disso, iniciei como desafio o nosso coral, que já tem três anos e traz para nós uma alegria muito grande, além de trazer unidade à empresa, através de seus funcionários. Traz outros componentes da PUC. Tem a Tânia, que é ascensorista, tem motoristas, tem engenheiros, como a Dra. Márcia. Não tem categoria - são todos que têm boas vozes.

Nós criamos uma escolinha, que já está funcionando há três anos, das pessoas que andam na rua, com quatorze a dezoito anos, para formar, dentro da escola, o profissional que nós precisamos, e não contratar para depois formá-lo dentro da empresa. Diversos deles já foram contratados pela Santa Casa, outros foram para Santa Catarina e outros estão em Porto Alegre, em supermercados e na própria SULTEPA.

Não falando mais nos que já foram nominados, eu gostaria de iniciar o meu discurso, que será breve. (Lê.) “Minhas senhoras e meus senhores:

Não é e nunca foi fácil analisar uma nação complexa como o Brasil. No momento atual, por exemplo, a situação é vista por muitos como se uma nuvem negra pairasse sobre o país. De acordo com tal análise, esta sensação de insegurança, de impotência e até de desespero seria um fenômeno cíclico e típico dos últimos 15 anos, ocorrendo sempre em sequência a outros tantos e breves períodos de exaltação e euforia.

Cansaço resultante das profundas e vertiginosas mudanças que revolveram o país nas últimas décadas em todos os níveis, do econômico ao cultural e do político ao tecnológico, afetando indistintamente a todos, em todos os grupos sociais, em todas as áreas de atividade e em toda a extensão deste país verdadeiramente continental. Mas esta sensação não é apenas cansaço. É também incerteza. Incerteza diante dos rumos futuros da nação, incerteza quanto à capacidade das atuais estruturas políticas enfrentarem os desafios das mudanças que se fazem inadiáveis, incerteza quanto à lucidez de visão e à firmeza de decisão das lideranças políticas.

No entanto, meus senhores, como bem sabemos todos, o real é o que é e são os humanos que projetam nele suas visões marcadas pelo desânimo ou pela esperança, pelo pessimismo ou pelo otimismo. E, assim sendo, me permito afirmar e espero não ser uma voz solitária neste imenso país - me permito afirmar, repito, que meu sentimento é outro, é diverso, é oposto. Pois para além desta bruma de cansaço e de desânimo eu entrevejo o limiar de uma nova era.

Nascido em 1924, seis anos antes da Revolução de 30, vivi tempos marcados por lances espetaculares de revoltas, de aconchegos, acertos e desacertos. Assim vivi estes mais de 70 anos e estou há quase meio século à frente da empresa que construímos e à qual devo a honra de estar aqui. E ao longo destes anos todos aprendi a acreditar nas extraordinárias potencialidades deste país.

Sim, é verdade que os líderes não eram tão líderes, e ruíram todos. É verdade que utopia socialista do estatismo absoluto desabou fragorosamente. É verdade que a utopia oposta, a do Estado ausente, não existe em parte alguma no mundo real e complexo das economias industriais modernas. E é também verdade que a idéia estado providencialista e provedor de todas as necessidades, capaz de tirar dinheiro das nuvens e distribuí-lo a rodo, é verdade que também esta idéia está caindo em descrédito no Brasil. É verdade que no Brasil de hoje o estado está exaurido e não mais tem as condições de financiar amanhã todas as obras de infra-estrutura que a modernização, a competição e a globalização dos mercados exigem para ontem. O estado, aliás, encontra até mesmo dificuldades para atender às crescentes demandas da população por bem-estar e se vê tolhido em sua função de criar políticas sociais compensatórias que pelo menos reduzam as escandalosas disparidades sociais, explicitadas em indicadores que não raro nos colocam próximos de países da África. A era de Vargas - à qual estive presente -, que fundou o Brasil moderno e o Estado interventor; os anos de Juscelino Kubitschek e do nacional-desenvolvimentismo; as décadas de 1960/70, em que se acelerou ainda mais o ritmo modernizador sob o comando do Estado, estes tempos fazem parte de um ciclo que acabou.

Sim, tudo isto é verdade. Mas é verdade também que, por ter acabado este ciclo, agora se revela o momento que, por ter acabado este ciclo, agora se revela o momento em que, apesar das sombras do presente, avançamos necessariamente por sobre o limiar de uma nova era, cujas características, aliás, já se delineiam claramente no horizonte. E quais são estas características? São basicamente três:

- Em primeiro lugar, o Estado tende a afastar-se cada vez mais da função de produtor de bens e serviços que, sem prejuízos sociais, podem ser eficientemente gerados pelo setor privado. E passa a definir o Estado, como suas prioridades absolutas, aquelas atividades básicas e essenciais inerentes às modernas sociedades industriais: a saúde, a educação, a habitação, a segurança e a infra-estrutura básica que não será objeto de concessões à iniciativa privada e continuará existindo gerida pelo Estado, como sempre foi.

- Em segundo lugar, o Estado, na função de concedente - mas mantendo integralmente seu poder de regulador e fiscalizador - e as empresas privadas, na função de concessionárias, passam a se responsabilizar pelo amplo universo dos demais serviços públicos. Parceria, terceirização ou concessão de serviços públicos à iniciativa privada: dê-se a esta fórmula o nome que se quiser, mas a verdade é que ela é um traço comum dos países do Primeiro Mundo. Aliás, diga-se de passagem, uma fórmula que tem funcionado muito bem em alguns pontos isolados do Brasil, inclusive em Porto Alegre na área do transporte público coletivo e outras ...

- Em terceiro lugar, apesar de afastado da produção direta de bens e serviços, o Estado mantém também sua função de indutor e até mesmo, através de agências especializadas, de financiador do desenvolvimento em setores de ponta visando ao avanço tecnológico e ao aumento de competitividade do setor privado.

Não é preciso ser um grande analista político nem ter uma inteligência brilhante para perceber que tais mudanças configurarão uma verdadeira revolução no Brasil. E também não é necessário ser um gênio para saber que tais mudanças não serão fáceis. Nem rápidas. Pois nunca é fácil e é sempre lento e não raro doloroso mudar a cultura do povo e a visão de mundo de uma nação e de suas lideranças.

Para muitos será difícil entender que as mudanças, que inelutavelmente virão, não se farão contra o Estado, que em certo sentido, terá que fortalecer-se e não enfraquecer-se. E para outros será mais difícil ainda acreditar que tais mudanças se farão obrigatoriamente a favor da sociedade como um todo e não contra ela, ainda que alguns segmentos numericamente restritos venham a ser afetados.

Mas apesar de tudo isto, eu repito, acredito neste país, nestas mudanças e na nova era que se aproxima. E digo por quê.

Nascido no Rio de Janeiro, sem recursos, recém-formado, recém-casado, recém-pai de meu primeiro filho, fui trabalhar no Nordeste, num mundo arcaico, injusto e num mundo em que eu era considerado pobre por ter apenas uma cozinheira.

Transferido para o Rio Grande do Sul, para a cidade de Guaporé, aqui encontrei um mundo diferente, um povo politizado, um outro país. Afinal, quando morei em Guaporé, era considerado muito rico ... por ter uma cozinheira, que também ajudava minha mulher a cuidar de nosso filhos.

E em 1956, com confiança, coragem e trabalho, fundamos uma empresa, a qual chamamos de SULTEPA. Atravessando todas turbulências econômicas e políticas do último meio século - turbulências que não foram poucas - esta empresa legitimamente gaúcha é hoje a maior do Rio Grande do Sul em seu setor e a décima quarta no “ranking” nacional das empreiteiras de obras, tendo um quadro de funcionários que ultrapassa os três mil e quinhentos diretos e indiretos com frentes de expansão em Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Maranhão.

Ora, uma empresa não é seu proprietário ou seu rol de máquinas e instrumentos. Uma empresa são seus funcionários e a capacidade operacional destes, não importa em que nível, do presidente ao peão. Uma empresa é seu capital humano. E eu tenho motivos para crer numa nova era que se abre porque testemunhei e testemunho até hoje a potencialidade deste país e a capacidade de seus habitantes. Porque a SULTEPA, nós a fizemos, nós seus funcionários, dos quais não poucos estão na casa há dez, vinte, trinta e até quarenta anos. Ou seja, desde o primeiro dia em que a empresa começou a existir.

Perdão! Se continuar por este caminho, os senhores correm o risco de eu não parar mais. E eu já me alonguei excessivamente. Quero apenas reafirmar, ainda uma vez, que sempre acreditei no Brasil e, principalmente, no Rio Grande do sul e em seu povo. E que hoje, ao receber este título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, acredito ainda mais e sinto que minha responsabilidade aumenta.

E agradeço. Não tanto pelo título, que pertence muito mais à empresa, a seus funcionários e à minha família do que a mim. Mas agradeço principalmente pelo fato de, ao me concederem este título, ter tido a oportunidade de dizer publicamente o que eu disse.

Agradeço ao Presidente da Câmara, aos Vereadores que aprovaram este título tão honroso e em especial aos Vereadores Hermes Dutra e Artur Zanella, que o propuseram.

Sim, eu me sinto cidadão de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, do qual esta cidade é a capital. E hoje estou firmemente convicto de que meu único e grande mérito é o de ter tido um dia a felicidade de aceitar o desafio para chefiar as obras entre Guaporé e Passo Fundo da Ferrovia São Sebastião do Caí-Passo Fundo (Estrada do Trigo), em 1954.

Mais coragem teve minha esposa de me acompanhar junto com os meus dois primeiros filhos na época, um com dois anos e outro com dois meses. Obrigado! Muito obrigado!”

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nós gostaríamos, nesta oportunidade, de convidar, em nome da Associação dos Funcionários da SULTEPA, o Sérgio, para fazer a entrega de uma placa. Convidamos também o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção de Estradas, o José Carlos, que também compareça à Mesa para prestar a sua homenagem. Com a palavra o Sr. Sérgio Silva.

 

O SR. SÉRGIO SILVA: Em nome da Associação dos Funcionários do Grupo SULTEPA, gostaria de cumprimentar o Sr. Presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o Ver. Isaac, o Dr. Portella, esposa e familiares, Srs. Vereadores, diretores da empresa e demais convidados. Nesta Sessão Solene, gostaria de dizer que a Associação de Funcionários não poderia deixar de prestar sua homenagem a um cidadão que muito nos tem apoiado na realização de nossas atividades de lazer, entretenimento, a uma pessoa humanitária que sempre está preocupada com o bem-estar de seus funcionários. Quero passar às suas mãos, em nome de todos os funcionários, esta placa que traduz o nosso reconhecimento. É um privilégio tê-lo como nosso associado. Muito obrigado.

 

(Procede-se à entrega da placa.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convidaria o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Estradas.

 

O SR. JOSÉ CARLOS NUNES: Quero cumprimentar a todos e dizer que, em nome da Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada, não poderíamos deixar passar essa homenagem sem participarmos. Conhecer um homem de verdade não é conhecendo-o por apenas algumas coisas boas. Conhecer um homem, como o Dr. Portella, é conhecer um homem que, dentro das divergências de um Sindicato, consegue transferir para nós alguma esperança, alguma coisa que se possa conseguir do futuro. A gente tem visto, através da mídia, a preocupação de todos os empresários com a criança abandonada, com todas estas questões que se passam no País, e nenhum deles ou a maioria deles ou alguns deles não fizeram aquilo que fez o Dr. Portella. Eu entendo a importância que tem, numa Cidade como Porto Alegre, num País como o nosso, uma creche com cem crianças. Se cada empresário adotasse cem crianças, nós não teríamos mais esses meninos de rua. A gente não teria mais esta situação social porque passa este País, através das crianças. Por isso, Dr. Portella, nós queremos fazer a entrega desta placa em nome da nossa Diretoria, reconhecendo que, além de um empregador, é um grande ser humano. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

(Procede-se à entrega da placa, oferecida pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção de estradas.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Depois dessa belíssima e comovente Sessão Solene de entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Eng. José Portella Nunes, nós agradecemos pela presença dos Srs. Vereadores, familiares e pessoas que vieram prestigiar este ato, vieram prestigiar o Portella.

Ouviremos novamente o Coral da SULTEPA, que interpretará o Hino do Rio Grande do Sul.

 

(É executado o Hino do Rio Grande do Sul.) (Palmas.)

 

Encerramos a presente Sessão, agradecendo pela presença de todos. Registramos, ainda, a presença do Ver. Paulo Brum, do PTB.

 

(Encerra-se a Sessão às 19h38min.)

 

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